Extermínio: A Evolução chegou: conheça os melhores jogos de zumbi com essas regras apocalípticas
20.06.2025
Por Phil Iwaniuk, colaborador
A outra metade, claro, é matar zumbis. E é aí que esses jogos da Epic Games Store entram, permitindo que você curta os dois lados da moeda. Eles seguem convenções nunca ditas em voz alta, mas que qualquer sobrevivente reconhece de cara — e fazem isso com um capricho que eleva o simples ato de exterminar ex-humanos.
Se alguém cai, os mortos avançam
Normalmente, dá para correr de um zumbi — até daqueles que ainda têm algum resquício de fibra muscular reativa em seu corpo putrefato e conseguem manter um trote. Durante a jogada comum, parece que eles nem querem te devorar — será que você não combina com o apetite deles? Chega a ofender ver como eles desistem da perseguição depois de três passos.
Mas basta você parar por um instante e fazer um gesto médico genérico sobre um colega caído até a barra de reanimação dele se encher e ele se levantar... ... que todos os mortos-vivos do país sabem que é hora de atacar.
Como se pudessem se comunicar por telepatia, eles gastam seus últimos resquícios de energia para vir em bando, num ritmo e fúria que tornariam o jogo impossível se fosse algo constante. Ainda bem que não é.
Como visto em: Zombie Army 4, World War Z, No More Room in Hell 2
Os mortos mantêm distanciamento social em áreas arborizadas
Teoricamente, não há razão para as hordas do fim dos tempos preferirem certos lugares, a não ser pela intensidade do cheiro atrativo de cérebros frescos. Talvez o instinto consumista dos mortos-vivos persista mesmo nesse estado de torpor, como em Madrugada dos Mortos, de George A. Romero, e eles sejam atraídos por centros comerciais urbanos por costume. De qualquer forma, os inimigos de Days Gone, Back 4 Blood, Telltale's The Walking Dead e outros títulos concordam: cidades sim, mato não.
Não é que eles não se dignem a honrar a floresta com sua presença, e sim que optam por se espalhar muito mais quando chegam aos idílicos locais arborizados fora das áreas urbanas. Lee, Clementine e sua turma de sobreviventes sabem disso — por isso saem de Macon rumo a uma fazenda nos arredores logo que podem.
Mas se o jogador aparece para interromper o exercício de distanciamento social deles, acabou a trégua. As hordas em Days Gone e nas florestas de Back 4 Blood são tão populosas e ferozes quanto qualquer outra do gênero.
Como visto em: Days Gone, Back 4 Blood, The Walking Dead
Separar-se do grupo é pedir para morrer
O fato de um zumbi não sentir empatia é o que o torna tão assustador. Essa criatura já foi um ser humano com quem você poderia ter sentado e conversado, mas agora, devastado por algum vírus, feitiçaria ou experimento do governo, ele está apenas meio vivo, e a chance de você conseguir evitar um confronto na base do diálogo já passou. Ele não sente prazer em te devorar, tampouco ódio. Ele apenas segue o instinto dele.
Tem uma exceção a essa regra: os mortos-vivos só guardam rancor contra um tipo de pessoa: o parceiro do cooperativo que se afasta demais de seu esquadrão.
São esses tipos egoístas que correm para conseguir o maior número de eliminações no final do nível que são caçados pelas variantes mais poderosas e elitistas dos zumbis. Os Gunners e Flamers em Zombie Army 4, Bulls, Lurkers e Juggernauts em World War Z e Aftermath e os Gorefiends de Killing Floor 2, que são basicamente facas ambulantes com consciência — todos esses espécimes ficam à espreita até que um de vocês cometa uma falta de etiqueta cooperativa antes de atacar das sombras para lhe ensinar uma lição sobre como seus companheiros de equipe são muito mais propensos a te reviver quando você está na mesma área.
Como visto em: Killing Floor 2, World War Z, Zombie Army 4
Inimigos especiais só aparecem com uma introdução estilosa
Um detalhe ignorado no apocalipse zumbi: algumas verdadeiras divas se escondem entre as hordas de inimigos comuns, que servem apenas como bucha de canhão. Eles podem não pedir M&Ms azuis escolhidos a dedo em seus contratos — preferindo uma simples tábua de charcutaria com coisas horríveis não especificadas —, mas as variantes inimigas mais exclusivas se recusam a aparecer, a menos que você prometa a elas uma introdução estilosa.
A série de terror e sobrevivência da Tango Gameworks, The Evil Within, sabe disso muito bem e se esforça ao máximo para criar ambientes que definem o tom dos seus chefes mais memoráveis, como o Carniceiro no primeiro jogo e Reebo, que você talvez conheça melhor como "aimeudeusaimeudeusaimeudeus" ou "a garota-aranha feita de braços decepados". Você nunca encontrará um desses especiais simplesmente esbarrando neles em um armazém comum ou na rua.
Plants Vs. Zombies inverte a lógica, apresentando cada planta nova com uma vinheta que mostra seu diferencial contra certo tipo de inimigo. Uma breve vinheta mostra sua especialidade contra o tipo de inimigo para o qual foi projetada, revelando um pouco de sua personalidade.
Como visto em: Plants Vs. Zombies, The Evil Within 1&2
Seus companheiros sobreviventes passam todo o tempo escrevendo coisas nas paredes
É verdade que após o início do apocalipse zumbi, sobra pouco o que fazer. Suas opções limitadas de lazer incluem contar munição, pular agachado até o móvel mais alto da sala segura e ficar olhando para o horizonte, pensando na sua família morta. Por outro lado, há sempre mensagens rabiscadas por toda parte.
Os cidadãos que restaram depois do apocalipse tratam os muros como diários públicos. Você vagueia pelo mundo absorvendo todos os tipos de mensagens, desde pedidos de socorro condenados ao fracasso e que nunca foram atendidos até placas improváveis que indicam salas seguras e munição nas proximidades. Não está claro por que esses sobreviventes consideraram tão importante desenhar uma seta e marcar a localização de algumas munições em vez de pegá-las e usá-las para si mesmos.
A população sitiada de Dying Light 2 usa os meios para documentar as lutas políticas em Harran, ajudando a mapear a disputa pelo poder entre as facções da cidade.
Como visto em: Dying Light 2, Zombie Army 4, Back 4 Blood
Beisebol é o esporte mais popular do mundo e tacos estão por toda parte
Nos raros momentos de calmaria durante um apocalipse zumbi, é possível parar para refletir sobre tudo o que foi perdido. Os princípios da sociedade civilizada que outrora nos eram tão caros, os confortos com os quais estávamos acomodados: segurança, água quente, infraestruturas de defesa, abastecimento alimentar abundante e, acima de tudo, o beisebol.
Claramente, esse era o foco principal da humanidade antes da chegada dos zumbis, pois há pelo menos um taco de beisebol em cada cômodo de todas as casas, prédios comerciais e espaços industriais em todo o mundo. A cada intervalo para o almoço, os trabalhadores provavelmente largavam as ferramentas para jogar algumas partidas antes de voltar e deixar os tacos espalhados em qualquer superfície próxima ou simplesmente jogá-los no chão.
Por sorte, os crânios dos zumbis são especialmente vulneráveis a um golpe vigoroso com um deles. Dead Island 2 lhe permite criar armas energizadas ao estilo Heath Robinson com eles, e Killing Floor 2 os combina com arame farpado para criar uma forma particularmente selvagem de home run.
Como visto em: Dead Island 2, No More Room in Hell 2, Killing Floor 2
Essa foi nossa lista de regras não escritas da ficção zumbi. Você pode conferir todos esses apocalipses incríveis na Epic Games Store.